HERDEIRA DO FOGO

Sinopse: Chegou a hora de Celaena Sardothien, Assassina de Adarlan, abraçar sua verdadeira herança e reivindicar a coroa de Terrasen. A hora para dúvidas é passada. Agora é a vez do suor e das lágrias, do sangue e do sacrifício. A justiça mais uma vez ocupará o trono do cervo branco, o Senhor do Norte. Presa ao juramento de sangue feito a Nehemia, Celaena procura a rainha feérica Maeve para aprender os segredos da própria magia. Enquanto treina com Rowan, um príncipe que leva a jovem aos limites da exaustão física e emocional, ela descobre que uma batalha de proporções épicas se avizinha. Uma que pode escravizar a terra. Em Forte da Fenda, o príncipe Dorian também tenta entender a magia, com o auxílio da curandeira Sorscha, que rapidamente se torna mais que amiga. Mas ela também guarda um segredo, que pode colocar o príncipe herdeiro em grava perigo. E ele não pode contar com o amigo Chaol, ocupado em descobrir mais sobre os rebeldes e o Lobo do Norte, Aedion, primo de Celaena. Nas distantes montanhas Canino Branco, as bruxas do clã Dentes de Ferro treinam enormes serpentes aladas para os exércitos do rei. Em meio a esse cenário, Celaena se equilibra entre os vivos e os mortos, humanos e feéricos, enquanto seu mundo caminha para a guerra. Mas quem vencerá?

Resenha: Definitivamente a Sarah J. Maas sabe como abalar minhas estruturas. Eu comecei esse livro exatamente como Celaena, (que agora descobrimos que se chama Aelin), quebrada e com o coração partido. Ela fez um juramento de sangue à Nehemia, prometendo que iria salvar o povo de Eyllwe, libertando-o das garras do maligno Rei de Adarlan.

Com uma nova missão, ela parte para Wendlyn, a fim de se encontrar com a rainha Maeve. Ela não é nada agradável pelo visto, na verdade chega a ser um tanto intragável e arrogante, determinando que Aelin não conseguirá nada dela até domar o próprio poder e o que Aelin mais precisa nesse momento é de informações e respostas. Sem outra alternativa e tendo consciência do tempo delimitado que possui perante o rei, ela inicia seu treinamento com Rowan (suspiro...).

Rowan é um poço de gentileza (reparem na ironia) e treina-a duramente e sem piedade. De fato, ele chega a ser um tanto arrogante e cruel nos primeiros capítulos, mas tudo isso devido às mentiras de Maeve, que o leva a acreditar que Aelin não passa de uma princesa perdida mimada. Porém você aprende a ama-lo a cada capítulo, principalmente no final, quando ele toma a decisão de ajudar Aelin e servi-la em sua corte.

Enquanto Rowan arranca o couro da protagonista em Wendlyn, temos o ponto de vista de outros personagens que estão em Erilea. Um deles é Dorian, que está tentando lidar com sua nova descoberta e ao mesmo tempo tentando se proteger do conhecimento de seu pai. Ele conhece Sorscha, uma curandeira que também possui segredos. Sinceramente, achei muito desnecessário os capítulos da Sorscha, uma vez que em nenhum momento ela revela qual era o seu segredo (quem faz isso é o Rei, e não é de uma forma agradável), passa grande parte dos capítulos descrevendo sua relação com Dorian e o porquê de estar apaixonada por ele. De qualquer maneira, ela foi de grande ajuda para o príncipe, mas também foi sua fraqueza e a cena deles em frente ao rei foi traumática.

Também é mostrado nesse livro o quanto a relação de Dorian com seu amigo Chaol está abalada, já que o capitão parece decidido a guardar segredos. Este último tem gastado grande parte de seu tempo tentando descobrir mais sobre a magia e perseguindo Aedion, o Lobo do Norte, general dos exércitos do Rei e primo de Celaena. Ele descobre com o que o general estava envolvido e então entrou em uma batalha interna muito irritante, entre o suposto dever e a rebeldia contra o regime de terror. Quando enfim está pronto para tomar uma decisão, a tragédia toda acontece e ele deve fugir.

Acredito que após os acontecimentos de Coroa da Meia-Noite o capitão entrou em um estado de auto-piedade, misturado com a raiva de si mesmo, de Celaena, com o medo do que está prestes a acontecer e perdeu-se em um turbilhão de sentimentos intensos e opostos. Não sei como a autora fará para consertar esse personagem, mas não estou gostando muito do rumo que ele está seguindo, ainda que o mesmo tenha escolhido o caminho correto. Parece que o Chaol se quebrou, então eu espero sinceramente que ele se recupere e continue fazendo as decisões corretas.

Aedion é outro personagem incrível, tão irreverente, tão forte e tão quebrado ao mesmo tempo! Com o passado horrível que tem atrás de si, ele luta dia após dia como pode, sem saber que sua prima está viva. Quando descobre sobre a identidade de Celaena e o quanto ela lutou todos esses anos, sua esperança se renova e ele fará qualquer coisa para ajuda-la em sua missão de recuperar o trono de Terrasen.

Agora, muito importante: MANON!!! Que mulher poderosíssima! Tudo bem que ela está no lado oposto do jogo (por enquanto), sendo inimiga de Aelin ao trabalhar junto as outras bruxas Dentes de Ferro para o Rei de Adarlan, mas eu amei cada capítulo dela. Espero que ela trabalhe com Aelin nos próximos livros. Não PARA a Aelin, mas COM ela, porque eu sei que Manon jamais se curvaria perante ninguém.

Não poderia terminar sem antes falar da melhor cena desse livro: quando Aelin (Celaena) tem de enfrentar os príncipes valg. Ela teve de encarar memórias mais do que ruins, e o modo como a Sarah descreveu o passado da personagem foi extasiante! Finalmente, Aelin aceita quem realmente é e se levanta para enfrentar seus medos e os caminhos perigosos à sua frente. É MARAVILHOSO! AELIN DO FOGO SELVAGEM, AELIN CORAÇÃO DE FOGO, AELIN PORTADORA DA LUZ!

Nota: 5